Em estudo publicado no último número do JASE (J Am Soc Echocardiogr 2009;22:1403-8), 366 pacientes consecutivos com sintomas de fibrilação atrial há menos de 48 horas foram submetidos a ecocardiograma transesofágico. A prevalência de trombo em átrio esquerdo foi de apenas 1.4%. Isto sugere que se a fibrilação for curta duração, realmente não é necessário solicitar este exame antes da cardioversão.
Vale salientar que neste trabalho apenas 14% dos paciente tinham fração de ejeção abaixo de 40% e a mediana do diâmetro do átrio esquerdo foi 44 mm (IIQ 40 - 48 mm). Ou seja, os dados não podem ser extrapolados para pacientes com disfunção sistólica ou dilatação importante do átrio esquerdo no ecordiograma transtorácico.
Estudos prévios já apontam nesta direção. Apesar disso, o que vejo na prática é que solicitam ETE, a pretexto de cardioverter, mesmo dentro destas 48 horas, janela em que se está autorizado a fazê-lo independentemente de qualquer exame. Questões importantes a serem apontadas são a coexistência de ICC e aumento do AE, assim como a possível dificuldade de se datar o início da arritmia.
ResponderExcluir