A primeira imagem mostra a medida do fluxo aórtico em uma paciente grávida de 34 semanas. A segunda imagem mostra o mesmo fluxo aórtico 12 horas depois do primeiro exame, após o parto. Observem a queda do gradiente médio no limite de severo (40 mmHg) para moderado (30 mmHg) em apenas 12 horas. Apesar de menos dependente da hemodinâmica, também houve variação da relação VTI VSVE/VTI VAo, de 0.14 (severo) para 0.25 (moderado). Portanto, devemos interpretar uma disfunção valvar à luz da hemodinâmica. Idealmente, o laudo deve constar uma observação a respeito da condição do paciente no momento do exame.
Idoso, internado por suspeita de angina instável, submetido a angioplastia coronária, porém sem resolução da dor torácica.
Percebe-se flapping a 7 cm da valva aórtica, na parte distal da aorta ascendente. A falso luz encontra-se parcialmente trombosada. O cirurgião foi acionado. Daremos notícia da evolução.
Em estudo publicado no último número do JASE (J Am Soc Echocardiogr 2009;22:1403-8), 366 pacientes consecutivos com sintomas de fibrilação atrial há menos de 48 horas foram submetidos a ecocardiograma transesofágico. A prevalência de trombo em átrio esquerdo foi de apenas 1.4%. Isto sugere que se a fibrilação for curta duração, realmente não é necessário solicitar este exame antes da cardioversão.
Vale salientar que neste trabalho apenas 14% dos paciente tinham fração de ejeção abaixo de 40% e a mediana do diâmetro do átrio esquerdo foi 44 mm (IIQ 40 - 48 mm). Ou seja, os dados não podem ser extrapolados para pacientes com disfunção sistólica ou dilatação importante do átrio esquerdo no ecordiograma transtorácico.