terça-feira, agosto 10, 2010
Massa Mediastinal
Exame realizado por Maristela Magnavita
Paciente masculino, 38 anos, com história de dispnéia aos esforços.
Achados: (1) grande massa mediastinal heterogênea, contígua à área cardíaca, causando efeito compressivo sobre as câmaras direitas e átrio esquerdo, com aumento da ecogenicidade e espessura das paredes sugerindo infiltração miocárdica;
(2) CIV perimembranosa
(3) IM leve
(4) IAo leve
(5) Discreto derrame pericárdico póstero-lateral
terça-feira, maio 04, 2010
Endocardite de valva mitral nativa
Paciente do sexo feminino, 81 anos, internada com quadro de mal estar generalizado, associado a calafrios e confusão mental. Vinha em tratamento de ITU e ICC, quando realizou ecocardiograma transtorácico que evidenciou insuficiência mitral grave e imagem sugestiva de endocardite infecciosa em valva mitral. Realizou ecocardiograma transesofágico que confirmou a suspeita. Veja imagens abaixo.

domingo, maio 02, 2010
Mieloma Múltiplo e Hipertensão pulmonar




Paciente de 62 anos, sexo feminino, admitida para investigação de anemia e dor torácica, tendo confirmado diagnóstico de Mieloma múltiplo. Evoluiu com insuficiência respiratória aguda e ao ecocardiograma foi identificado hipertensão pulmonar, sendo aventada a hipótese de TEP, posteriormente afastada.
sábado, abril 17, 2010
Tamponamento Cardíaco
O tamponamento cardíaco ocorre quando a pressão pericárdica excede a pressão intracardíaca, causando diminuição do enchimento pela compressão das câmaras (com redução do débito cardíaco e pressão arterial). É importante dizer que a fisiologia do tamponamento está na dependência da inspiração porque durante esta fase a pressão intratorácica diminui, resultando num aumento do enchimento das câmaras direitas, com conseqüente restrição ao enchimento das câmaras esquerdas (pulso paradoxal). Acrescenta-se ainda que o tamponamento ocorrerá de acordo com a velocidade de acúmulo em dentrimento de um maior ou menor volume de líquido.
Diagnóstico ao ecocardiograma:
1. Colapso sistólico do átrio direito
A inversão da parede livre do átrio direito acima de 1/3 da sístole é sensível e específico para o diagnóstico de tamponamento.
2. Colapso diastólico do ventrículo direito
O colapso diastólico do ventrículo direito pode não ocorrer se a parede estiver espessada por alguma condição, e é menos sensível, porém mais específico que o colapso sistólico do átrio direito.
3. Mudanças respiratórias recíprocas dos volumes ventriculares
No tamponamento o volume cardíaco total é fixo. Nestas condições, o aumento do enchimento inspiratório do lado direito é acompanhado de uma diminuição recíproca dos volumes esquerdos (aqui se verifica o movimento paradoxal do septo interventricular). Já na expiração há um aumento relativo do enchimento esquerdo, em comparação com o coração direito. Estas mudanças nos volumes se acompanham de mudanças nas velocidades de enchimento ventriculares – os traçados de Doppler pulsado através das válvulas mitral e tricúspide retratam a citada oscilação.
4. Avaliação das pressões de enchimento do átrio direito
Avalia-se através da veia cava inferior (tamanho e variação respiratória). Quando dilatada e sem variação (pletora) infere-se uma pressão aumentada no átrio direito.
Uma questão importante é a diferenciação do tamponamento e pericardite constrictiva; em ambos há aumento da pressão atrial direita, nas pressões de enchimento dos ventrículos, porém no tamponamento é possível verificar as alterações respiratórias já citadas, além de pletora da veia cava, que não são vistos na constricção. Por outro lado, na constricção não há presença de volumosos derrames pericárdicos e sim espessamento pericárdico, há aumento nas pressões da artéria pulmonar (surge deflexão y proeminente na veia hepática; o doppler do fluxo venoso pulmonar mostra onda a proeminente e fase sistólica reduzida; há variação respiratória no tempo de relaxamento isovolumétrico e na velocidade de E).
Diagnóstico ao ecocardiograma:
1. Colapso sistólico do átrio direito
A inversão da parede livre do átrio direito acima de 1/3 da sístole é sensível e específico para o diagnóstico de tamponamento.
2. Colapso diastólico do ventrículo direito
O colapso diastólico do ventrículo direito pode não ocorrer se a parede estiver espessada por alguma condição, e é menos sensível, porém mais específico que o colapso sistólico do átrio direito.
3. Mudanças respiratórias recíprocas dos volumes ventriculares
No tamponamento o volume cardíaco total é fixo. Nestas condições, o aumento do enchimento inspiratório do lado direito é acompanhado de uma diminuição recíproca dos volumes esquerdos (aqui se verifica o movimento paradoxal do septo interventricular). Já na expiração há um aumento relativo do enchimento esquerdo, em comparação com o coração direito. Estas mudanças nos volumes se acompanham de mudanças nas velocidades de enchimento ventriculares – os traçados de Doppler pulsado através das válvulas mitral e tricúspide retratam a citada oscilação.
4. Avaliação das pressões de enchimento do átrio direito
Avalia-se através da veia cava inferior (tamanho e variação respiratória). Quando dilatada e sem variação (pletora) infere-se uma pressão aumentada no átrio direito.
Uma questão importante é a diferenciação do tamponamento e pericardite constrictiva; em ambos há aumento da pressão atrial direita, nas pressões de enchimento dos ventrículos, porém no tamponamento é possível verificar as alterações respiratórias já citadas, além de pletora da veia cava, que não são vistos na constricção. Por outro lado, na constricção não há presença de volumosos derrames pericárdicos e sim espessamento pericárdico, há aumento nas pressões da artéria pulmonar (surge deflexão y proeminente na veia hepática; o doppler do fluxo venoso pulmonar mostra onda a proeminente e fase sistólica reduzida; há variação respiratória no tempo de relaxamento isovolumétrico e na velocidade de E).
sexta-feira, abril 09, 2010
terça-feira, abril 06, 2010
Dextrocardia com CIV


Dextrocardia é uma anomalia cardíaca posicional em que o coração está localizado no hemitórax direito com o eixo da base para a ponta voltado para a direita e caudalmente. O mal poscionamento é intrínseco ao coração e não é causado por anomalias extracardíacas, diferenciando de dextroversão. Essa malformação decorre de uma rotação anômala do tubo primitivo do coração para a esquerda, o que ocorre por volta da 8ª semana de vida embrionária. É uma condição geralmente associada a situs inversus (incidência de 1:10.000), sendo a associação com situs solitus menos frequente (1:30.000 em nascidos vivos e 1:900.000 na população adulta). Observa-se também associação com malformações extracardíacas (poliesplenia, asplenia, Síndrome de Kartagener) e cardíacas (transposição das grandes artérias,Tetralogia de Fallot, defeitos do SIV, do SIA, regurgitação aórtica, mitral, atresia tricúspide, estenose pulmonar e ventrículo único).
É sugerido para a análise radiológica uma abordagem sistemática. Recomenda-se uma seqüência lógica de avaliação venoarterial: dos átrios para os ventrículos e grandes artérias. Observa-se inicialmente o situs visceroatrial, seguindo-se com avaliação das conexões atrioventriculares, morfologia e situs ventricular, posições das câmaras, conexões ventrículo-arteriais e a relação com as grandes artérias. As anomalias associadas como defeitos septais ou valvares também devem ser avaliadas.
É sugerido para a análise radiológica uma abordagem sistemática. Recomenda-se uma seqüência lógica de avaliação venoarterial: dos átrios para os ventrículos e grandes artérias. Observa-se inicialmente o situs visceroatrial, seguindo-se com avaliação das conexões atrioventriculares, morfologia e situs ventricular, posições das câmaras, conexões ventrículo-arteriais e a relação com as grandes artérias. As anomalias associadas como defeitos septais ou valvares também devem ser avaliadas.
quinta-feira, março 04, 2010
Ecocardiograma Transesofágico- Fonte Emboligênica


Diferentes padrões morfológicos de placa aterosclerótica na aorta apresentam variados potenciais emboligênicos. As placas mais complexas são mais protusas (>4 mm), apresentam ulcerações e elementos móveis, apresentando elevada associação embólica. Deve-se pesquisar também a presença de contraste ecogênico espontâneo na aorta porque sua presença aumenta o risco de embolização.
terça-feira, março 02, 2010
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
Amiloidose cardíaca
(Ver o video abaixo; mesmo paciente)
Paciente não hipertenso com quadro de ICC global (dispneia, estase jugular, edema MMII e hepatomegalia). Observar o padrão restritivo da disfunção diastólica e a velocidade S do Doppler tecidual septal muito diminuida (3cm/s) apesar da contratilidade normal na avaliação subjetiva/visual. Diagnóstico diferencial dificil com a Miocardiopatia Hipertrófica Não Obstrutiva, porém mais provável pelo quadro clínico e o envolvimento do ventriculo direito.
Alterações segmentares na Miocardite Cronica Chagásica
O aneurisma apical é muito característico da Miocardite Cronica Chagásica, tem o aspecto digitiforme e o afilamento abrupto do músculo cardíaco, o que difere da cardiopatia isquêmica pois nesta última o afilamento não é tão abrupto devido a fibrose nas bordas do aneurisma. Apesar do aneurisma apical ser a alteração segmentar mais frequente e mais característica da MCC outras regiões são particularmente afetadas inclusive com aspecto de aneurisma como mostra a figura. Nós estudamos estas alterações regionais da MCC e encontramos que o segmento posterior (ínfero-lateral) basal e o septo basal são os mais frequentemente envolvidos depois do ápice: 30%, 17% e 64%, respectivamente. O aspecto do afilamento abrupto localizado no septo basal (tipo uma "mordida") é também muito típico da MCC na nossa experiencia (Camara EJN "Alterações segmentares da contratilidade do VE na cardiopatia chagásica com e sem dilatação ventricular", Arq Bras Cardiol 1993, 60/3: 151-5).
domingo, fevereiro 14, 2010
Trombo Aderido ao SIA
quarta-feira, janeiro 27, 2010
terça-feira, janeiro 26, 2010
Infuência Hemodinâmica da Gravidez - Estenose Aórtica


A primeira imagem mostra a medida do fluxo aórtico em uma paciente grávida de 34 semanas. A segunda imagem mostra o mesmo fluxo aórtico 12 horas depois do primeiro exame, após o parto. Observem a queda do gradiente médio no limite de severo (40 mmHg) para moderado (30 mmHg) em apenas 12 horas. Apesar de menos dependente da hemodinâmica, também houve variação da relação VTI VSVE/VTI VAo, de 0.14 (severo) para 0.25 (moderado). Portanto, devemos interpretar uma disfunção valvar à luz da hemodinâmica. Idealmente, o laudo deve constar uma observação a respeito da condição do paciente no momento do exame.
sexta-feira, janeiro 22, 2010
Hipertrofia Lipomatosa do SIA
Dissecção Tipo A



Percebe-se flapping a 7 cm da valva aórtica, na parte distal da aorta ascendente. A falso luz encontra-se parcialmente trombosada. O cirurgião foi acionado. Daremos notícia da evolução.
quinta-feira, janeiro 14, 2010
Doppler Tecidual - Valores Normais
segunda-feira, janeiro 11, 2010
terça-feira, janeiro 05, 2010
domingo, janeiro 03, 2010
Qual a probabilidade de um indivíduo com FA há menos de 48 horas ter trombo em AAE?
Em estudo publicado no último número do JASE (J Am Soc Echocardiogr 2009;22:1403-8), 366 pacientes consecutivos com sintomas de fibrilação atrial há menos de 48 horas foram submetidos a ecocardiograma transesofágico. A prevalência de trombo em átrio esquerdo foi de apenas 1.4%. Isto sugere que se a fibrilação for curta duração, realmente não é necessário solicitar este exame antes da cardioversão.
Vale salientar que neste trabalho apenas 14% dos paciente tinham fração de ejeção abaixo de 40% e a mediana do diâmetro do átrio esquerdo foi 44 mm (IIQ 40 - 48 mm). Ou seja, os dados não podem ser extrapolados para pacientes com disfunção sistólica ou dilatação importante do átrio esquerdo no ecordiograma transtorácico.
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